Como diria o José Ribamar Coelho Santos, o mais famoso filho do Arari, terra da melancia, "ando tão à flor da pele, que qualquer beijo de novela me faz chorar". Não que eu goste de ver novela, porque não gosto mesmo. Mas é porque os últimos acontecimentos têm subvertido a (pouca) ordem geral das coisas em minha vida.
Não é porque hoje foi o dia em que o rei Felipe IV da França mandou prender 140 cavaleiros templários em 1307, nem por conta da assinatura do armistício polaco-russo em 1920, nem por conta da inauguração do Cristo Redentor em 1931, ou pelo beijo que Karol Joséf Wojtyla ao descer do avião em sua segunda visita ao Brasil em 1991 e muito menos pelo polêmico chute que o bispo Sérgio Von Helder desfere na imagem de nossa senhora aparecida em 1995.
O que tem me incomodado é que certos acontecimentos em minha vida são tão cheios de sabor como um chuchu cozido no vapor, o que me leva a pensar se realmente devemos ser tão condescendentes com as pessoas ou se temos o direito de "mostrar as ferraduras" para melhorar a cognição alheia sobre o que dizemos.
Tenho me esforçado para conviver ou interagir com pessoas sem: instrução, boas maneiras, escrúpulos, cultura, noção, piedade, humildade, caráter, graça, senso de humor e tantas outras "qualidades" que é melhor não citar para a carapuça não cair.
No meio desse turbilhão de coisas o que ainda me resta é focalizar no meu trabalho - fonte de prazer e realização - e manter os demais assuntos como se fossem os comerciais durante a exibição de um bom filme.
Espero que para os próximos capítulos da novela "minha vida", onde não se lança moda nem bordões, a pena fique só na minha mão e eu não levante mais dessa cadeira por motivo nenhum.
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