segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

REVEILLON

Ainda há pouco estava pensando em ir à praia para dar uma olhada no mar, ver o mergulho do sol mar adentro, ver as pessoas caminhando, conversando, sentir a brisa, o cheiro do mar...

Mas não dá, já tem gente bebendo! Aliás, já tem gente bêbada na Avenida Litorânea que acha, e ainda diz, que tá "bebemorando" o Reveillon. E já tá tão doidão, que eu aposto todos os Simoleons dos meus Sims como ele não consegue falar (e nem escrever) "Reveillon" mesmo em dez tentativas.

Já tem gente sem camisa, de calça jeans, descalço e com a barraca cheia de uísque "legítimo" acampado nas dunas esperando dar meia-noite; tias de meia idade com caixas de cerveja com preços mais quentes que a própria; celtas, corsas, pálios e fiestas com aparelhagem de som mais caros que os próprios tocando aquele forró (e não é o ritmo popularizado pelo filho do Januário); guarda municipal, com um olho nos carros e outro nas piriguetes que chegam de ônibus com suas roupas e modos recatados; pitboys já sem camisa que é pra mostrar suas hipertrofias musculares e neurais como prova do mau uso do dinheiro do papai; casais apaixonados de 17, 16 e 15, 14, 13 e até de 12 anos fazendo pose de marido e mulher encostados no carro do pai dele; repórteres de rádio e/ou TV de baixíssima audiência narrando a chegada de "muita gente bonita" para a festa do reveillon. (outro que, se escrever certo, escreve com dúvida); meninas, garotas, mulheres e senhoras de todos os estratos sociais e morais determinadas a acordar (ou nem dormir) no primeiro dia de 2013 acompanhadas de alguém (seja lá quem for) que pague a bebida e as duas comidas; ambulâncias com paramédicos e enfermeiros que não foram felizes no zerinho-ou-um, que decidiu quem ficaria com o turno de reveillon; e ainda tem aquela turminha estranha, com aquele cigarrinho estranho, que assistirão fogos como todo mundo só que com cores mais vivas.

Por esse motivo, desisti de ir à praia. Prefiro voltar pra casa, cozinhar meu nissin-que-nojo, ralar sobre ele o queijo que eu ganhei da Thaís Cubinho e procurar um bom filme na TVN até achar um livro pra ler.

E já que eu falei tanto de reveillon, bom reveillon pra vocês que vão acordar com a sensação de que o Hulk sapateou na sua cabeça e Jabba beijou sua boca.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

SANTA KLAUSURA

Já começou a maluquice desenfreada de um monte de gente desesperada para comprar o presente mais caro que o seu minguado salário puder. Mesmo sabendo que passa aperto de janeiro a janeiro, detona o décimo terceiro salário sem fazer nenhuma reserva. Parecem entrar em um transe coletivo onde as dificuldades financeiras desaparecem e dão lugar a um desejo incontrolável de não deixar o tal natal passar em branco.

Daí em diante, as situações com que nos deparamos, fariam esse sujeito aí corar de vergonha.

O tio gordo, suado e com bafo de álcool vestido com uma fantasia de papai noel feita daquele tecido vermelho brilhante, as botas são um tênis velho todo coberto de fita isolante e a barba mais rala que meu cabelo, o cinto é a cinta preta da tia, usada para segurar a pança quando esta põe um dos seus vestidos "provocantes". E na cabeça, um gorro feito de tnt vermelho mais parecendo com um coador de café gigante (e vermelho).
A música da Simone cantando "então é natal" em alto volume e todo mundo se sentindo em plena big apple. A gurizada doida pra comer, brincar e dormir (coisa mais normal do mundo) e os adultos de dentro daquela alucinação coletiva, brigando com a gurizada que não sabe esperar a MEIA NOITE (quem inventou isso?) para a "ceia".
E por falar em ceia, será servido um frango recheado com farofa (feita de farinha de mandioca mesmo), arroz, que é de lei e uma maionese com mais batata que perna de ciclista. E para dar aquele clima natalino, dá-lhe uva passa. Uva passa no frango, uva passa na maionese, uva passa na farofa, uva passa até no cabelo da dona da casa. Olha que o povo todo já chegou e agora que a empregada-esposa tá indo pro banheiro pra desmontar a cozinheira e colocar o vestido novo feito especialmente para a ocasião que é muuuuito parecido com todos os outros vestidos que ela tem no guarda-roupa.
Os convidados vão chegando trazendo uma sobremesa especial. Pavê (com generosas camadas de biscoito maizena) e outros trazendo mosaico de gelatina.

Para beber, alguns refrigerantes e uma garrafa de sidra, guardada como tesouro nacional e aberta solenemente pelo dono da casa que no momento traja elegante camisa de time de futebol (mas como é uma ocasião especial é de algum time da europa) bermuda e uma imitação de all star digna de um Oscar. Aberta a sidra, feito o brinde com taças de acrílico e bebido aquele golinho de nada porque o gosto é de sonrisal com açúcar, entra em cena a cerveja. Daí é só atirar pra longe o CD da Simone e botar um forró bem alto que é pra todo mundo conversar gritando.

Servida a comida, é hora dos presentes (no valor máximo previamente combinado de R$50,00) serem trocados, num amigo invisível super-empolgante e divertido, onde as características do presenteado são ditas ao contrário e o infalível "é marmelada" é entoado só porque alguém tirou uma pessoa da mesma família por puro acaso.

No final temos: crianças cambaleando de sono, outras vomitando porque comeram demais e correram a noite toda, cunhados, genros e maridos todos embriagados, falando besteira, noras e filhas cheias de pratinhos para levar o resto da comida para casa, todo mundo já descalço, mulheres enlouquecidas de raiva porque o marido bêbado não quer dar a chave do possante (um corsa sedan 2008) para ela levar porque ele tá "bonzinho" mas tá falando com a língua congelada. Na cozinha, alguns comentam e resolvem vários problemas de vários parentes enquanto uma montanha de louça começa a se formar na pia - o presente que aguardará a dona da casa acordar no dia seguinte com uma ressaca de sidra porque ela "aproveitou" para beber um pouco (a garrafa tá vazia).

Um natal memorável.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

104 ANOS






 

Oscar Niemeyer Soares Filho completaria 105 anos dia 15 de dezembro de 2012. No ano em que Monteiro Lobato é nomeado promotor público em Areias e no ano em que Rui Barbosa é convidado para representar o Brasil em Haia, nasce o arquiteto mais importante da história do Brasil. Sua longevidade permitiu que ele presenciasse alguns fatos curiosos.

No ano que Oscar Niemeyer nasceu, avião era assim, carro era assim e telefone era assim e o mundo era muito diferente do que vemos hoje. Esse homem acompanhou o nascimento do computador como o conhecemos hoje e viu a tecnologia avançar até o presente com uma velocidade espantosa.

Diz-se que para ter uma vida plena é preciso ter plantado uma árvore, ter tido filhos e ter escrito um livro. Daí temos esse brasileiro imortal que teve bisnetos e escreveu um bom punhado de livros (14) e de quebra, 9 esculturas. E pra quem ainda está achando pouco, ele não plantou uma árvore mas plantou a cidade que se tornou a capital do país.

Quero com este modesto post, escrito em meu sofá, com notebook no colo e com uma boa dose de sono, homenagear um homem que não conseguiu viver o suficiente para chegar ao tempo em que a sua obra e visão de futuro seriam contemporâneas de todos nós.

Em um tempo de degradação moral, escândalos e corrupção, um homem deixa sua marca em seu país e na história utilizando como ferramentas, trabalho, dedicação, talento e criatividade.

domingo, 25 de novembro de 2012

A VERDADEIRA HISTÓRIA DE PAPAI NOEL




Eu fico imaginando quando papai noel ainda era só o pequeno Nicolau e enchia o saco da sua mãe, a que seria hoje vovó noel, quando iam juntos no supermercado. Devia  ser uma loucura, aquele menino gordinho, puxando o vestido da mãe gritando - Eu quero isso! Eu quero aquilo!

Acho até que ele usa hoje aquele gorro pra esconder as marcas e os galos dos cascudos que levou da mãe de tanto que encheu o saco da pobre coitada quando era menino. Todo aniversário dele, ele ganhava presentes e mais presentes.

Segundo pesquisas sérias, recentes e esclarecedoras, Nicolau cresceu guardando todos os presentes que ganhou da mãe que, de tanto ser azucrinada pelo filho dava tudo o que ele pedia. Nunca quis trabalhar porque era muito mimado e como era muito chatinho também, cresceu ouvindo uma frase que virou bordão nas redondezas: Nicolau tu enche o saco. Ele, cara de pau, nem ligava, dizia que ia ter uma fazenda de renas e ficar rico. A pobre e já idosa noel, sozinha porque o "seo" noel já havia dado o fora pois não admitia dois homens de cabelo branco na mesma casa, ficou desgostosa de ter um filho tão preguiçoso.

Quando a mãe do Nicolau bateu suas botas, ele ainda tentou filar boia todo dia na casa do tio noel e até tentou arrumar dinheiro emprestado com o cunhado noel. Vendo que ninguém ia sustentá-lo de graça, teve a ideia de começar uma pirâmide. E o esquema era assim, no meio da noite, num lugar da floresta previamente marcado, colocava o nome dos participantes em bolas penduradas em um pinheiro. Na hora do sorteio, o ganhador era o sujeito cujo nome estava anotado na estrela no alto do pinheiro. Esse então levava toda a grana que ficava embaixo da árvore. Dai então outro nome ia para a estrela e os nomes de novas pessoas eram colocados nas bolas que ficavam no galho mais baixo. E ele, o dono do esquema, ficava com 10% de cada sorteio.

Quando o delegado deu voz de prisão ao contraventor, papai noel teria pego um trenó e caído no mundo pra não ir parar na cadeia (algumas correntes de estudiosos da vida pregressa do papai noel afirmam que ele foi preso sim e cumpriu pena por invasão de domicílio pela chaminé e teria sido também nessa época que surgiu o ho-ho-ho nos primeiros meses de cadeia na companhia de outros presos)

Quem viu, diz que ele fugiu voando no trenó - mas acho que é figura de linguagem. O que se sabe é que na fuga, o delegado ainda atirou, mas pegou de raspão no nariz da primeira rena que puxava o trenó e criou m calo de sangue na coitada. Depois da fuga ele engordou, deixou a barba crescer e a roupa verde, que ele sempre usava, trocou por uma vermelha pra não ser reconhecido. Ideia essa que surgiu quando parou num bar para lanchar leite com biscoito (sempre foi viciado nisso) e lá estava estacionado um caminhão enorme, descarregando caixas e caixas de um certo refrigerante pretinho.

Apesar de ter nascido na Turquia, sempre morou em lugares frios, se mudou para o Polo Norte para não ser mais localizado. E como tinha em seu poder muitos brinquedos que ele ganhou e nunca nem tirou da caixa, espalhou esse boato tal qual conhecemos.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

KAHVE OU QAH'WA ? NÃO IMPORTA!




Quero começar este post dizendo que não sou um "tomador" compulsivo, daqueles que enchem um copo descartável no local de trabalho e vão para mesa tomar aquela água preta, carbonizada, feita à atacado pelas copeiras das empresas.

Não vou falar dos carneiros que ficavam espertos, não vou falar dos persas que torraram os grãos, não vou falar do Popozão que batizou a bebida e muito menos como foi que o Chico Palheta ganhou a "confiança" da esposa do governador de Caiena.

Sou um apreciador modesto sem qualquer habilidade técnica mas com paladar suficiente para reconhecer quando é bem feito.Tal como faço com a cerveja, costumo apreciar a qualidade e não me intoxicar com a quantidade o que aumenta as chances de conhecer outras opções, outras receitas, enfim, outras possibilidades.

O meu modo preferido de apreciá-la é servida quente, consumida em goles pequenos, aproveitando um aroma que se confunde com o sabor. Deve adoçada apenas o suficiente para que o seu intenso amargor natural não se sobreponha aos demais sabores e servida em xícaras pequenas, longas e de paredes grossas para conservar suas propriedades organolépticas (essa eu tirei do meu  livro de ciências do ensino primário) como essa aí da foto.

Além disso, quando é feito com carinho, tomado na casa de um amigo, de um colega de trabalho ou em uma reunião social, feito no bom e velho coador de pano, apesar de não aproveitar muito do seu sabor tradicional, apresenta-se como uma bebida quente bem simpática capaz de ser digestiva e ao mesmo tempo prolongar um pouco mais uma boa conversa.

Sei que existem grandes profissionais no mundo capazes de identificar detalhes imperceptíveis aos destreinados como eu, pessoas com talento suficiente para reconhecer se o barista é destro ou canhoto (exagero meu). O que me resta é comentar o quanto é bom:

- Pela manhã, bem quente com leite;
- Depois do almoço bem curto e puro;
- À tarde com um bolo de tapioca;
- À noite com um pão de queijo e adoçado com mel (sugestão de Ana Maura).




quarta-feira, 7 de novembro de 2012

FIM DA FOME NO BRASIL

O nome da pessoa que trouxe a solução para o problema da fome no Brasil atende pelo nome de Stefani Joanne Angelina Germanotta e já viu 26 carnavais (pelo menos teria visto se morasse aqui). Seu nome artístico é fruto de uma autocorreção de um editor de textos de computador para o título de uma antiga música da banda Queen (também antiga).

Na reportagem sua grande ideia de distribuir biscoitos de povilho para o polvo (proposital) pode ter as seguintes interpretações:

01 - Quem mandou me fotografar sem sutiã? Vou quebrar as cabeças de vocês com esses biscoitos duros!
02 - Esses brasileiros devem estar com fome, vou jogar esses biscoitinhos pra ver se eles me deixam em paz!
03 - Comam esses biscoitos vencidos suas pestes, vai que dá uma dor de barriga e eu nem preciso mandar vocês à merda!
04 - Esse belo rapaz oriental que tá aqui comigo trouxe estes biscoitos da sorte gigantes para mim, provem!
05 - Aí galera! Vende esses biscoitos aí e apura a grana pra ir no meu show. Não quero cantar pras cadeiras!
06 - Só porque eu vou jogar esse biscoito de POLVILHO daqui do ÚLTIMO ANDAR para os meus fãs lá na calçada, vocês me chamam de loira? Não entendi?
07 - Menino, vai lá dentro pegar mais biscoito, se eu parar de jogar, esse povo vai embora e eu não vou parecer famosa!
08 - Gente esses daqui são os últimos, tá? Se eu pegar mais o hotel vai me cobrar a mais na conta! Chega!
09 - Ainda bem que eu peguei esses biscoitos aqui, é um pacote pra cada fã! Dá certinho!
10 - Pessoal, se o show ficar muito chato, come esses biscoitinhos pra distrair, tá?
11 - O fotógrafo que me prometer arrumar meus peitos no Photoshop antes de publicar, ganha biscoito da tia gaga!

Quem tiver mais interpretações, pode comentar!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

TRECHOS DO EVANGELHO

Hoje é um bom dia para comentar passagens da bíblia, certo da edificação dos irmãos em Cristo que tem buscado diligentemente conhecer o Senhor. São dois trechos do livro de Mateus (מתי/מתתיהו, "Dom de Javé" ou "Presente de Deus", hebraico padrão e vocalização de Tibérias: Mattay ou Mattiyahu; grego da Septuaginta Ματθαιος, Matthaios; grego moderno: Ματθαίος, Matthaíos). Nascido na Galiléia com o nome de Levi, filho de Alfeu.

Mateus 5:13-15

Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.

Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. 

Esse trecho vem logo após as bem-aventuranças e fala de duas coisas importantes sobre os bem-aventurados. Primeiro que sal da terra e luz do mundo, fala de pessoas que dão sabor à vida, fala dos misericordiosos, dos pacificadores, dos mansos, enfim, de todos os cristãos que cultivam tais qualidades, tais bem-aventuranças.. Segundo fala que não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte e não se coloca uma vela acesa debaixo do alqueire, mas no velador. Isso significa que essas características que nos fazem bem aventurados e dão um novo sentido em nossas vidas, não devem ser ocultadas, devem ser compartilhadas, devem ser multiplicadas para outras pessoas. Faz parte da nossa nova natureza sermos identificamos como cristãos em nossas ações, em nossa conduta diária, que transforma a nossa vida em testemunho de retidão.

Mateus 13 10-16
E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas?
Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;
Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem.
E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, E, vendo, vereis, mas não percebereis.
Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, E compreendam com o coração, E se convertam, E eu os cure.
Jesus explicou aos discípulos nessa passagem, sobre as pessoas de coração duro que não meditam sobre as suas parábolas, que não observam as escrituras. E que apesar de terem percebido que as parábolas de Cristo se assemelhavam grandemente com circunstâncias de pecado em suas vidas,  não se arrependeram dos seus maus caminhos e pereceram. Além disso, Jesus mostra que devemos ver com nossos olhos, ouvir com os nossos ouvidos e compreendermos com o nosso coração. Fazendo isto, nos convertemos e somos salvos por Ele.


Salmos 1:1-2
Bem-aventurado o homem (ou mulher) que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na Sua lei medita de dia e de noite. 



Um grande beijo apaixonado para o meu Deus Todo Poderoso que me salvou do pecado há muitos anos e tem me ajudado e cuidado de mim maravilhosamente, não só todos os dias da minha vida mas desde antes da minha concepção.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

20 VERDADES UNIVERSAIS SOBRE IMPRESSORAS

01. A tinta sempre vai acabar no dia da impressão mais importante e mais urgente;
02. Em toda empresa tem um colega que imprime texto do word com página vazia no final só pra ejetar papel em branco;
03. Quanto maior o cartucho menor a quantidade de tinta;
04. Não importa como você arrume o papel, impressões acima de dez páginas vão sempre puxar duas folhas a qualquer momento;
05. A bandeja de alimentação de papel nunca tem papel suficiente para a sua impressão;
06. Ainda não inventaram uma bandeja de recepção de papel que não deixe nenhuma folha cair no chão;
07. Quanto maior a resolução da impressora, pior fica a qualidade da impressão;
08. Você sempre vai mandar imprimir errado quando a impressora estiver configurada para alta qualidade;
09. Ninguém mais usa o CD de instalação da impressora para instalar a impressora;
10. Em toda empresa tem sempre alguém que leva todo o conteúdo da bandeja sem se importar com a impressão dos outros;
11. Em cartuchos reciclados a tinta sempre vai ser pouca ou aguada;
12. Cerca de 90% do que é impresso não é arquivado ou guardado e será descartado antes da primeira hora;
13. Tem sempre alguém imprimindo planilhas-pavão e acabando com a tinta necessária para os gráficos;
14. Cerca de 99.9% dos universitários em estágio curricular imprimirão suas monografias na impressora da empresa;
15. A impressora do seu chefe vai ser sempre melhor que a sua. Não importa se ele só imprime email;
16. Tem sempre um chefe-jurássico que vai te pedir para imprimir só porque ele "não consegue ler na tela";
17. O nome de um dispositivo que não existe nas impressoras a laser: laser;
18. Cerca de 99,9% das impressões erradas que viram rascunho não são aproveitadas como rascunho;
19. Cerca de 99,9% dos usuários quer uma impressora multifuncional mas continuará tirando xerox na rua com preguiça de usar o scanner;
20. Todo mundo, pelo menos uma vez, instalou o cartucho de tinta sem remover o lacre adesivo;

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

DURADOURO

Às vezes fico pensando no que é duradouro hoje em dia. Diante de tanto consumo e de tanta coisa fácil, será que ainda temos alguma coisa que acreditamos que seja duradouro? Precisamos voltar a crer que algo pode ser duradouro em nossas vidas. Precisamos voltar a crer que as pessoas poderão ser duradouras em nossas vidas.




Estava procurando no site do IBGE, fotos sobre São Luís e me deparei com estas que retratam cenas da época da exportação de babaçu. Uma riqueza abundante no Maranhão (sem querer fazer trocadilhos manjados), que até hoje poderia alavancar a economia da cidade e quiçá do estado, se não fossemos muito mais inauguradores que mantenedores dos nossos empreendimentos.

Mas já que eu falei do trocadilho, vamos chutar o pau da barraca:

No Maranhão, o babaçu abunda sim e ainda abunda riqueza, abunda belas praias, abunda sol, abunda história, abunda folclore abundam lagostas naturalizadas cearenses depois de pescadas, artistas que se naturalizam anônimos ou (muito pior) "lá do nordeste" e outras tantas coisas boas que abundam sem exigir comentários.

Será que um dia os administradores vão tirar "abunda" da cadeira e vão trabalhar para tirar São Luís da m...? Fica a pergunta.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

DOU LHE UMA, DOU LHE DUAS, DOU LHE TRÊS

Na verdade, só vai poder dar uma, e depois que entrar, tem uma hora para sair. Parece até coisa de estacionamento rotativo, mas não é. Uma brasileira muito consciente do seu papel na sociedade e sendo considerada uma influência muito positiva para as jovens de hoje, leiloou muito discretamente seu hímen pela internet e vai levar três boladas, uma delas é de R$1.500,00 as outras duas serão durante a entrega do "item leiloado".

Tudo será feito com muita discrição, já que não terá câmeras, celulares, desenhistas forenses e esses dois, que poderiam passar despercebidos, prometeram não atrapalhar a entrega do "item".

A leiloada  passará por um exame médico para garantir a validade do "item" e o comprador também para garantir a saúde do seu. Não haverá beijos, nem carinhos, nem abraços, ele não precisará telefonar para ela no dia seguinte e ela não vai marcar um jantar para ele conhecer seus pais.

Segundo os itens da cesta básica, a brasileira que leiloou seu "item" terá em sua conta bancária dinheiro suficiente para:

1. besuntar com margarina 1079136 vezes
2. molhar o biscoito cream cracker ou maisena 793650 vezes
3. "sangrar" com extrato de tomate 1376146 vezes
4. "fazer doce" com açúcar cristal 187734 vezes

Ou ainda poderá escolher tomar dez milhões de banhos cada um com um sabonete diferente já que o pacote com 3 tá custando R$ 0,45.

Pra encerrar um assunto assim tão "delicado", outra grande vantagem auferida pela jovem brasileira é que o ganhador, Natsuo, é japonês.

... e ainda tem gente querendo fazer mestrado, doutorado, pós-doutorado, essas besteiras, francamente...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

FALTA CANDIDATO



Nestas eleições eu me prometi levar meu voto à sério. Então me pus a analisar com cuidado, qual candidato teria condições de ser um edil decente na câmara de vereadores e quem eu indicaria para ocupar a sala mais importante deste lindo palácio com meu precioso voto.

Com o descrédito de sempre nas promessas de campanha, assisti a um debate, antes do primeiro turno, para "dar uma boa olhada" nos candidatos a prefeito. Qual não foi a minha surpresa ao ver um deles, discorrendo sobre as estratégias, sobre como serão feitas as coisas em sua gestão e com isso o candidato cativou de pronto meu dedo eleitoral.

Os demais candidatos, limitavam-se a dizer que iriam criar o programa "chinelo em casa" onde cada cidadão e cidadã e criança da cidade terá seu par de chinelo, ou o programa "carvão fácil" onde não vai faltar carvão no fogareiro de ninguém.

Todas as mirabolantes idéias apresentadas, não eram acompanhadas da mais singela explicação sobre como, ou com quais recursos tal programa seria criado, mantido ou desenvolvido. Salvo o meu candidato, todos os demais não apresentavam a mais basal das explicações para os tais programas e estas não sustentariam dez minutos de reflexão antes de se mostrarem impraticáveis, eleitoreiros e auto-promotores.

Tiradas as dúvidas foi só aguardar o domingo (porque será que é domingo? Bem que podia ser numa segundona...) de ir para a minha zona de sempre me esconder atrás do biombo de papelão e formalizar  minha opinião para o TRE.

Nas eleições de primeiro turno, depois de procurar minha seção incansavelmente (eu já estava na zona), entrei na sala de aula e apertei os botões que achava certo.

Fui para casa acompanhar o desenrolar eletrônico das apurações e torcer pela minha escolha. Afinal eu havia acompanhado o debate e acreditava que como eu, muitos são-luisenses perceberam o tal candidato se destacando nas perguntas e nas respostas.

Eu só não lembrava que São Luís ainda esconde eleitores que trocam voto por um par de japonesas. Quando aquele cheiro típico dos cercados bovídeos foi tomando conta das apurações, relembrei que por estas bandas, dinheiro ainda ganha mais votos que boas idéias. Recolhi meu título eleitoral à sua ideológica insignificância e vi meu candidato amargar um terceiro lugar para de lá não mais sair.

Neste segundo turno vou voltar à minha zona novamente, achar minha seção, me esconder atrás do biombo de papelão, e apertar outros botões. Logo, logo vai acontecer outro debate, só que agora minha escolha vai se parecer muito com cair em um dos buracos da cidade. Escolha o buraco menor, segure firme o volante e caia dentro. Daqui há quatro anos a gente tenta de novo.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

DIA DAS CRIANÇAS

Como diria o José Ribamar Coelho Santos, o mais famoso filho do Arari, terra da melancia, "ando tão à flor da pele, que qualquer beijo de novela me faz chorar". Não que eu goste de ver novela, porque não gosto mesmo. Mas é porque os últimos acontecimentos têm subvertido a (pouca) ordem geral das coisas em minha vida.

Não é porque hoje foi o dia em que o rei Felipe IV da França mandou prender 140 cavaleiros templários em 1307, nem por conta da assinatura do armistício polaco-russo em 1920, nem por conta da inauguração do Cristo Redentor em 1931, ou pelo beijo que Karol Joséf Wojtyla ao descer do avião em sua segunda visita ao Brasil em 1991 e muito menos pelo polêmico chute que o bispo Sérgio Von Helder desfere na imagem de nossa senhora aparecida em 1995.

O que tem me incomodado é que certos acontecimentos em minha vida são tão cheios de sabor como um chuchu cozido no vapor, o que me leva a pensar se realmente devemos ser tão condescendentes com as pessoas ou se temos o direito de "mostrar as ferraduras" para melhorar a cognição alheia sobre o que dizemos.

Tenho me esforçado para conviver ou interagir com pessoas sem: instrução, boas maneiras, escrúpulos, cultura, noção, piedade, humildade, caráter, graça, senso de humor e tantas outras "qualidades" que é melhor não citar para a carapuça não cair.

No meio desse turbilhão de coisas o que ainda me resta é focalizar no meu trabalho - fonte de prazer e realização - e manter os demais assuntos como se fossem os comerciais durante a exibição de um bom filme.

Espero que para os próximos capítulos da novela "minha vida", onde não se lança moda nem bordões, a pena fique só na minha mão e eu não levante mais dessa cadeira por motivo nenhum.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

SANTA INOCÊNCIA

Pelo título, pode parecer-lhe que desaprovo ou desmereço o assunto que trago neste "post" por sua inocência descabida, já que adjetivo-o por "santa", expressão popularizada pelo "partner" televisivo do herói mascarado alcunhado como homem-morcego.

Entrementes, intento frisar a pureza e o lastro literário presente no subscrito texto de Graciliano Ramos quando este administrava a prefeitura municipal de Palmeira dos Índios no Estado de Alagoas.

Algumas observações podem parecer preconcebidas e poderão pupular em sua mente um sentimento de desagravo ao autor. Peço-lhe transigência tal que lhe permita depreender sua graça erudita.

Observe também tratar-se de uma prestação de contas, aparecendo em seu âmbito, expressões numéricas com o feitio 12:345$678 o que simboliza "entrementes doze mil, trezentos e quarenta e cinco contos e seiscentos e setenta e oito réis". Elucidados os pormenores, segue-se a pega latente para o relatório.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

VOTO DERRETIDO

Hoje, eu voltava do almoço para o segundo turno do meu precioso trabalho e provei um calorão desses que a gente pensa que vai sufocar. Peguei uma carona com o colega Sandro já que sobrava uma vaga no carro e já sentei preparando ovos quentes para o lanche da tarde.

Falando em segundo turno, domingo eu vou votar e não faço a menor ideia de quais botões aperto. Vida de candidato manjado é igual gorgonzola, todo mundo sabe que é podre mas acha tudo normal.

O Calor faz a gente passar por cinco estágios a saber: "eita que calor!", "me abana!", "vou ficar nu!", "não consigo respirar!" e "onde fica o ar condicionado mais próximo?". Quando entrei no carro, o lanche da tarde (ovos quentes) foi acompanhado dos cinco estágios ao mesmo tempo por dois motivos. O motorista era parente do Johnny Storm (esse aí da foto) e não abriu os vidros do carro. E o ar-condicionado do carro, sufocado de tanta poeira, soprava asmático um ventinho de nada. Fomos assim mesmo, cozendo até o local de trabalho, distante cerca de um quilômetro e meio, sem poder ultrapassar os vinte quilômetros por hora.

Lulu, o inoxidável Luis César (ou Luiz César,ou  Luiz Cezar; ou Luis Cezar) me disse hoje que haverá um debate sexta-feira, com candidatos. Vou assistir pra ver se escolho um deles e consigo sair da frente da urna só com a sensação de que atirei no escuro e não de que me vendei. Como bem diz Seu Jessier em Virgulino Lampião Deputado Federá: "se eu atirar no mato e pegar num marinheiro é porque tem mais honesto do que cara trambiqueiro".

Resumindo em duas frases:
1. O fabricante das urnas eletrônicas é Diebold, não é Celite ou Deca, portanto faça a coisa certa no lugar certo.
2. Meu desejo é que o dia 07 de outubro seja um dia fresco, bom de ir à zona, entrar na fila pra botar o dedo no lugar menos errado possível. (se é que é possível).

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

PAGODE UNIVERSITÁRIO



Pagode, segundo a wikipédia,  é um gênero musical brasileiro originado no Rio de Janeiro, a partir da cena musical do samba dos fundos de quintais, muito comuns no subúrbio da cidade. Esta é a forma pejorativa e preconceituosa que esta palavra assumiu.
No início, o pagode não era exatamente um gênero musical. Pagode era o nome dado às festas que aconteciam nas senzalas e acabou tornando-se sinônimo de qualquer festa regada a alegria, bebida e cantoria. Prova de que o nome em nada tem a ver com o ritmo, é a música “Pagode de Brasília” gravada por Tião Carreiro em 1959, cuja roupagem em nada lembra nenhuma das variações do samba. Isso pode ser bem percebido pela letra “Pagode do Vavá” de Paulinho da Viola, “Pagode pra valer” de Leci Brandão ou qualquer outra do grupo Fundo de Quintal, considerado por muitos o primeiro grupo de pagode do Brasil.

O termo pagode começou a ser usado como sinônimo de samba por causa de sambistas que se valiam deste nome pra suas festas, mas nunca o citaram como estilo musical até então.

O que se conhece de variações de samba são: "samba de breque", "samba-canção", "samba-enredo", "samba de partido-alto", "samba-puladinho", "samba sincopado", samba de gafieira, , "samba de roda" e os menos tradicionais "samba de rancho", sambalanço, samba-rock e Samba-Reggae".

Então, podemos notar que existe uma carga histórico-cultural muito forte no samba, exigindo dos sambistas, um profundo conhecimento da sua realidade social, sua cultura e suas influências na história do samba da sua comunidade. Essa característica se reflete nas letras com temáticas voltadas para a perspectiva do sambista sobre os mais variados temas - amor, esperança, amizade, saudade, alegria, violência, política, dinheiro, etc, mas mantendo a perspectiva do compositor sobre os valores da comunidade que ele representa.

Bem, prestadas todas essas informações sobre o surgimento meio marginal do pagode a partir do samba, o que temos na outra ponta argumentativa do texto está traduzido na imagem do artista ao lado.

Precisa dizer alguma coisa?

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

PELA JANELA

Onde moro, a janela do meu quarto dá para um descampado. Não existem edificações próximas que impedem que o vento entre pela minha janela rugindo e descobrindo minha cama e espalhando meus papéis pelo quarto.

Um dia desses, deitado curtindo um ventinho nas partes, comecei a divagar pelo que pode entrar pelas janelas da sua vida. Como "deu muito pano pra manga" resolvi compartilhar com você algumas coisas que passaram na minha mente enquanto curtia o ventinho que tanto desarrumou meu cabelo.

Imaginei que, assim como temos janelas em nossas casas por onde entram e saem muitas coisas, também temos janelas em nossa vida por onde entram e saem muitas outras coisas.

Existem coisas que são como o vento, entram e causam muito furor, mexem com tudo, no entanto não ficam, do mesmo jeito que entraram, saem e não deixam outra coisa a não ser o efeito da sua passagem.

Outras são como a poeira, entram sorrateiramente, não parecem estar mudando sua vida. Entretanto começam em pouco tempo a manisfestar sua presença. E quando você tenta continuar sem faxinar sua vida, sem recolher toda a poeira, você passa a fazer parte dela, com seus próprios passos, espalha ainda mais tudo aquilo em sua vida, até que se torna impossível continuar sem fazer uma faxina.

Hoje algo mudou em mim e eu não consigo outra explicação a não ser a presença incontestável de Deus em minha vida. Quando Ele entrou pela janela da minha vida, foi como uma música, que apesar de aparentemente não mudar nada, não vai deixar você igual o que era antes. E quando a música silencia, ela ainda se faz presente, dentro do seu coração e da sua mente. Cada verso, cada rima, as mais belas notas, tudo isso deixa marcas eternas que mudarão você para sempre.

Hoje algo mudou em mim e o que eu quero agora é avaliar tudo que entrou pela minha janela e ver o que realmente ficou e não saiu pela outra janela como o vento, o que entrou e ficou como a poeira nas frestas das lajotas, atrás das portas e debaixo dos móveis e o que entrou como um música que ainda ecoa pela casa.

No meio de tanta ventania, poeira nos olhos e tudo voando sem controle pela casa inteira, tudo para mim era zoada, barulho, gritaria e forró (sinônimo de zoada). Será que misturado a tanto barulho não deixei passar alguma música?

Ouvidos atentos!

CANDIDATO A VEREADOR

Vereador, ou edil, é o indivíduo eleito por voto popular para representar o povo à nível municipal no poder legislativo. O vereador atua nas Câmaras Municipais, com mandato de quatro anos, e tem a responsabilidade de defender os interesses da população, elaborar leis municipais e propor projetos e ações para melhoria da qualidade de vida no município. E eu tenho certeza que todos os candidatos que pleiteiam este cargo na minha cidade, estão cientes dessa responsabilidade.

Dada esta constatação, sugiro aos nobres e desapegados candidatos que evitem ressaltar seus números de registro em detrimento dos seus projetos. Pois como é de conhecimento público, o eleitor sempre foi às urnas movido pelo genuíno interesse no bem-estar da sua comunidade e certamente o conhece o suficiente para procurá-lo na urna e votar corretamente.

Tenho um orgulho cívico de despertar suavemente nas manhãs desses dias de campanha pelos criativos, impactantes, inspiradores e até mesmo lúdicos jingles de campanha.

Espero que os candidatos mantenham a postura impecável das suas candidaturas até o final da apuração dos votos e que os ganhadores desempenhem seu papel como representantes do povo com o fervor que ufana em seu coração cheio de patriotismo e boa fé.

Ironia? Não, esperança. Um dia vai ser assim!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

JOSÉ E HERODIAS

O que você vai ler é uma história da Bíblia mas você não precisa acreditar na Bíblia, basta entender o que eu escrevi. Não serei hipócrita em dizer que não gostaria que sua mente fosse modificada pelo poder de Deus, mas se você simplesmente compreender o que vou dizer, já será muito bom.

JOSÉ FILHO DE JACÓ (ISRAEL)
Vendido aos midianitas pelos seus irmãos por inveja e em seguida vendido a Potifar para quem trabalhou como administrador da sua casa e dos seus recursos, sofreu assédio sexual da mulher de Potifar porque era bonito de rosto e de corpo.

Não pense que José não desejou a mulher de Potifar. O que o impedia era sua retidão de caráter por causa da influência de Deus sobre sua  vida. 

Potifar (ou seria Boitifar?) não o matou porque sabia a mulher que tinha. E na prisão, José revelou seu dom de interpretar sonhos o que o levou a interpretar um sonho do faraó, livrando o Egito de passar fome durante os sete anos de escassez que sucederam aos sete anos de fartura, levando-o então a ser nomeado governador do Egito, a segunda pessoa depois do faraó, ou podemos dizer, um vice-rei.

HERODIAS, MULHER DE FILIPE E AMANTE DE HERODES
Foi exposta publicamente por João Batista, acusada de adultério. Como João era um homem conhecido e respeitado, Herodias não podia matá-lo.

No aniversário do rei Herodes, estando ele já bêbado, queria se divertir com uma dança e Herodias imediatamente ordenou à sua filha Salomé que dançasse para ele. Salomé, como hábil dançarina que era, agradou tanto o alcoolizado Herodes que este disse no meio de todos os presentes que ela poderia pedir o que quisesse, até mesmo metade do reino.

Como Herodias estava cheia de ódio de João, disse a Salomé. Peça a cabeça de João Batista.

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José e Herodias, são duas histórias que falam de adultério sob óticas opostas, mas que trazem respostas idênticas. Na primeira, negar o convite de uma transa teve como consequência, o cargo de governador do Egito. Na segunda, o ódio por ter sido exposta publicamente como amante do rei, fez com que Herodias trocasse uma fortuna de presente pela dança de Salomé pela cabeça de João.

Não está registrado na Bíblia mas fico pensando em um suposto diálogo de pé-de-orelha entre Salomé e sua mãe Herodias:

- Mãe, a senhora tá ficando doida? É metade do reino, mãe. A gente nunca mais vai ter problema financeiro, a gente vai ficar rica, mãe. O que é que a gente vai fazer com a cabeça de João? Qual é mãe? Surtou?

Faça as escolhas baseado naquilo que é importante e não nos seus caprichos!

domingo, 16 de setembro de 2012

EDUCAÇÃO ABIT IMAÇI TAMBÉM FUNCIONA

Já que no post anterior eu falei do lado materno das mulheres, transcrevo aqui um texto bastante comum na internet. Por mais conhecido que seja, achei interessante trazê-lo novamente à memória dos internautas por carregar doses maciças de verdade entremeadas de um humor-verdade.

Apesar de condenado pela maioria dos educadores, psicólogos e terapeutas, o método abaixo funcionou conosco e por isso não saímos por aí sequestrando, agredindo, metralhando, roubando ou atropelando as pessoas.

SABEDORIA DAS MÃES:

Minha mãe me ensinou a VALORIZAR O SORRISO
- Me responde de novo e eu te arrebento os dentes!

Minha mãe me ensinou a RETIDÃO
- Eu te ajeito nem que seja na pancada!

Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS
- Se tu e o teu irmão querem se matar, vão lá pra fora. Eu acabei de limpar a casa!

Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA
- Porque eu digo que é assim! Ponto final! Quem é que manda aqui?

Minha mãe me ensinou a MOTIVAÇÃO
- Continua chorando que eu vou te dar um motivo de verdade pra chorar!

Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO
- Fecha essa boca e come!

Minha mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO
- Espera só até teu pai chegar em casa!

Minha mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA
- Pera lá! Quando chegar em casa tu vais ver uma coisa!

Minha mãe me ensinou a ENCARAR OS MEUS MAIORES TEMORES
- Olha pra mim e me responde quando eu te fizer uma pergunta!

Minha mãe me ensinou RACIOCÍNIO LÓGICO
- Se tu caíres dessa árvore e quebrar o pescoço eu vou te dar uma surra daquelas!

Minha mãe me ensinou MEDICINA
- Para de ficar vesgo menino! Se bate um vento tu vais ficar assim pra sempre!

Minha mãe me ensinou sobre TAXONOMIA
- Se você não comer essas verduras, os bichos da sua barriga vão comer você!

Minha mãe me ensinou GENÉTICA
- Tu és igualzinho o teu pai. Teimoso que só!

Minha mãe me ensinou sobre AS MINHAS RAÍZES
- Tá pensando que nasceu em berço de ouro? Que é rico?

Minha mãe me ensinou sobre EXPERIÊNCIA DE VIDA
- Quando tu tiveres minha idade tu vais entender!

Minha mãe me ensinou sobre JUSTIÇA
- Quando tu tiveres teus filhos e eles fizerem igualzinho tu estás fazendo, tu vais ver o que é bom pra tosse!

Minha mãe me ensinou sobre RELIGIÃO
- É melhor rezar pra essa mancha sair do tapete!

Minha mãe me ensinou até BEIJO DE ESQUIMÓ
- Se rabiscar de novo esfrego teu nariz na parede!

Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO
- Olha só essa orelha! Que nojo!

Minha mãe me ensinou sobre DETERMINAÇÃO
- Vai ficar sentado aí até comer a comida toda!

Minha mãe me ensinou VENTRILOQUISMO 
- Cala essa boca, não resmunga e me diz porque que tu fizeste isso!

Minha mãe me ensinou OBJETIVIDADE
- Te ajeito numa pancada só!

Minha mãe me ensinou a VALORIZAR A MÚSICA
- Se não abaixar esse som agora, quebro ele na tua cabeça!

Minha mãe me ensinou a VALORIZAR A EDUCAÇÃO
- Experimenta me aparecer aqui com nota baixa!

Minha mãe me ensinou a ter COORDENAÇÃO MOTORA
- Ajunta esses brinquedos agora! Um por um!

Minha mãe me ensinou ARITMÉTICA
- Vou contar até dez, se esse chinelo não aparecer você leva uma surra!

Obrigado mãe!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

EUTERPE OLERACEA

Açaí, guardiã, zum de besouro um imã, branca é a tez da manhã. Olha, eu já tentei entender de todo jeito o que o talentoso Djavan queria dizer quando escreveu essa pérola e confesso que eu ainda não consegui.

Acho que essa letra surgiu num daqueles momentos em que o tico e o teco estão praticando bungee jumping. Mas o que importa é que se tornou um sucesso eternizado na voz suave desse cantor, compositor, produtor, arranjador, músico e poeta.

Neste post vou "pinçar" a palavra "açaí" para falar da boa juçara maranhense, uma bebida (ou comida, dependendo da quantidade de farinha) de sabor forte, marcante que não pode ser comparado a qualquer outra fruta. Tudo bem que ela pode ser encontrada também na Venezuela, Colômbia, Equador e Guianas, mas é somente aqui, e principalmente no Maranhão que colocamos nossa cultura, história e emoções no consumo desta iguaria.

Desde o tempo em que a professora Rosa Mochel morou no Maracanã e na mesma época em que ela sonhou com o projeto Casa de Alice, foi também  o tempo de embrionar em seu sítio a festa de sabor e tradição culturais.

Todos os domingos, de outubro a novembro no tempo da minha existência, muitos caroços de juçara foram deixados de molhos em baldes e bacias, esmagados por muitas garrafas de todas as cores e tamanhos em milhares de peneiras apoiadas em muitas, muitas coxas de todas as etnias mas certamente, em sua maioria negras.

Saboreou-se milhares de metros cúbicos de juçara nesses 42 anos de tradição e conversou-se, na terra preta do arraial da festa, muito miolo de pote e muita coisa séria e importante. Intelectuais, artistas e poetas se misturavam (e não se destacavam) ao povo simples do maracanã e ostentava-se no máximo sua cuia e colher trazida de casa. Era um tempo de alegria, simplicidade e fartura. Ninguém "batizava" a juçara pra ganhar mais. O objetivo era vender a melhor juçara, não vender mais juçara adicionando mais água que o necessário. Havia um código implícito de boa fé nas barracas de juçara.

Hoje a "Festa da Juçara" agoniza em seu leito, ferida de morte por radiolas de reggae, barracas onde sobra álcool e falta juçara e pessoas com os objetivos dos mais diversos, exceto o de tomar juçara.

Ainda é possível encontrar em São Luís, alguns lugares na periferia onde podemos comprar uma boa juçara. Não vem mais produzida pelo ritmo da batida do fundo da garrafa nem no balanço ritmado das mãos simples e lavadas esfregando e separando o caroço da polpa no fundo da urupema. É feita em frias máquinas motorizadas que trituram a casca, a polpa e poesia das minhas lembranças de infância, deixando cair na bandeja de resíduo, o caroço, a água e a saudade.
Registrei estas duas fotos durante num desses dias em que tomei juçara. A primeira é ela quase acabando na jarra de vidro. E a segunda é o belo desenho que fica quando se cumpre uma tradição terapêutica - tomar água na vasilha suja pra se esquivar da azia.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

VIDA APÓS A VIDA

Recentemente, fui ao velório da Sra. Joana Muniz, uma mulher que certamente cumpriu o seu papel na vida e foi levada por Deus com muitos anos de vida contados. Observei a preocupação dos visitantes em transmitir uma certa tranquilidade aos parentes enlutados, falando de "descansou", "está melhor que nós", "foi para junto de Deus" e outras palavras de conforto semelhantes.

O que observei de importante além de ser homônima da minha saudosa mãe, foi o quanto é honrosa a morte dos idosos. Quando uma vida é interrompida na juventude, muitas coisas ficam por fazer, metas por alcançar, filhos por gerar, amigos por abraçar e outras tantas coisas que as circunstâncias impedem que sejam realizadas.

Mas quando morre um idoso, com tantos anos contados, filhos criados, uma vida inteira vivida, com todas as dificuldades, alegrias, desafios, tristezas, sortes, amores, paixões, temores e tantos outros sentimentos experimentados durante toda uma vida, percebo mais um momento de redenção do que tristeza. Um quê de "missão cumprida" que ressalta mais a vida do que a morte.

Então este post é minha homenagem a segunda Joana que vejo partir deste mundo com muitas coisas realizadas. E para não deixar de falar o que eu penso sobre a morte, leia novamente o título do post. Afinal, depois de 90 anos de vida, o que vem pela frente é muito mais vida. Se tem alguém que não passou pela morte, foram essas Joanas.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PRISÃO FASHION

Conheço um monte de gente legal que faz um esforço danado pra ficar na moda de tudo que se pode imaginar. Vivem vestindo umas roupas esquisitas, deixam de lado o seu jeito natural de se vestir, de falar, de comer e até mesmo de se relacionar com as pessoas.
Não sei quem foi que inventou que mulher fica bonita de cabelo espichado, que precisa se rebocar toda de maquiagem, que precisa andar com um salto gigante e outras modas tão antigas que se perdem no passado.
Fico triste de ver pessoas que tinham tudo para serem legais, de bom coração, pessoas amáveis mesmo, verdadeiras, generosas. Mas coitadas, se obrigaram a viver em um mundo de faz-de-conta, glamouroso, cheio de caras e bocas e acabam fingindo ser um boneco de plástico, mais um da série de bonecos fabricados pela moda.
Jovens se vestindo e se mutilando um monte de aço pendurado pelo corpo, o cabelo é tão desgrenhado que parece que seis gatos brigaram em cima. Se espalham pelos Shoppings com uma cara de quem tomou diurético, acompanham malhação, aquela novela onde um monte de gente se rebola numa dança que nem brasileira é chamada kuduro (pode isso?).
Tem uma cambada de coisas que se pode fazer que são muito mais interessantes que essas chaticezinhas safadas que fazem os jovens-seriais de hoje. Que tal comer uma manga com farinha? Que tal dar uma volta na cidade e olhar as pessoas e interagir com elas? fazer um curso? ler um bom livro?  e Conversar?
Ah, conversar é um capítulo à parte. Ninguém mais conversa numa boa, ninguém mais compartilha idéias, é sempre um tentando convencer o outro do que pensa ou então contando coisas, relatando fatos, geralmente cenas de novela ou outras banalidades quaisquer.
Chega disso, gente! Reescrevam sua história de vida, revisem seus conceitos sobre as coisas, sejam mais observadores, não se deixem manipular por idéias que vão destruir seus valores morais, familiares, sua humanidade, a parte mais interessante desse belo universo chamado você.

A AFLIÇÃO NOSSA DE CADA DIA

No livro do profeta Isaías capítulo 51, versículos de 1 a 10 está escrito:
Ouvi-me, vós os que seguis a justiça, os que buscais ao SENHOR. Olhai para a rocha de onde fostes cortados, e para a caverna do poço de onde fostes cavados.
Deus conclama seus justos para lembrarem-se da sua fonte, de que foram forjados pela mão do Senhor, que por ele foram criados e que por isso carregam em si Sua natureza santa.

Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque, sendo ele só, o chamei, e o abençoei e o multipliquei.
O Senhor nos faz lembrar que Abraão, o pai da fé, foi grandemente multiplicado quando queria apenas ter um filho. Deus explica que é capaz e deseja multiplicar suas maravilhas em nossas vidas na medida da nossa fé. E nos lembra da nossa descendência espiritual de Abraão.

Porque o SENHOR consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do SENHOR; gozo e alegria se achará nela, ação de graças, e voz de melodia.
Deus afirma que consolará o seu povo e que não deixará lugares assolados sem alcance da Sua mão. Confirma que transformará as adversidades da sua vida em vitórias e alegrias, transbordando nossas vidas de alegria após as duas adversidades a quais estamos expostos neste mundo.

Atendei-me, povo meu e nação minha, inclinai os ouvidos para mim; porque de mim sairá a lei, e o meu juízo farei repousar para a luz dos povos.
O Senhor orienta para prestarmos atenção às suas palavras porque Dele provém todo bom conselho e as regras de conduta a serem seguidas pelas pessoas e com isso a sua justiça será a favor daqueles que praticam Seus conselhos completos de toda sabedoria.

Perto está a minha justiça, vem saindo a minha salvação, e os meus braços julgarão os povos; as ilhas me aguardarão, e no meu braço esperarão.
Deus explica aos homens que Ele não tardará a agir. Sua volta não tardará e Sua obra anseia por Sua volta.

Levantai os vossos olhos para os céus, e olhai para a terra em baixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como roupa, e os seus moradores morrerão semelhantemente; porém a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será abolida.
O Senhor esclarece que na Sua volta o mundo não subsistirá assim como os seres vivos. Mas lembra da eternidade dos salvos segundo a sua eterna justiça, ou seja, essas circunstâncias não mudarão jamais.

Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, povo em cujo coração está a minha lei; não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias.
Deus conforta os seus herdeiros para que não se preocupem com o peso do pecado dos homens e não fiquem chocados quando as pessoas forem ofensivas, disserem insultos e fizerem coisas desagradáveis.

Porque a traça os roerá como a roupa, e o bicho os comerá como a lã; mas a minha justiça durará para sempre, e a minha salvação de geração em geração.
O Senhor novamente lembra que a carne perecerá e que os seus salvos terão vida eterna.

Desperta, desperta, veste-te de força, ó braço do SENHOR; desperta como nos dias passados, como nas gerações antigas. Não és tu aquele que cortou em pedaços a Raabe, o que feriu ao chacal?
Não és tu aquele que secou o mar, as águas do grande abismo? O que fez o caminho no fundo do mar, para que passassem os remidos?
Deus nos chama de braço do Senhor, nos conclama para despertarmos e agirmos como fizemos no passado, onde era possível realizarmos grandes coisas pela fé Nele.

domingo, 19 de agosto de 2012

COMÍCIO DE BECO ESTREITO

Por intermédio de Rodolfo, Engenheiro cabra da peste com mestrado na Alemanha, fui apresentado ao Talentosíssimo Jessier Quirino conterrâneo do primeiro, a quem peço licença para transcrever na íntegra o seu irretocável "Comício de Beco Estreito". Que tanto me lembra um período da minha vida em que conheci mais de perto, como funciona o processo eleitoral no Maranhão ocidental (e por que não dizer acidental) de Zé Doca a Junco do Maranhão, passando por Centro do Guilherme, e Maracaçumé.

Nesse tempo de eleição, segue em abaixo um retrato bem retratado do meu estado querido.

Pra se fazer um comício
Em tempo de eleição
Não carece de arrodeio
Nem dinheiro muito não
Basta um F-4000
Ou qualquer meio caminhão
Entalado em beco estreito
E um bandeirado mal feito
Cruzando em dez posição.

Um locutor tabacudo
De converseiro comprido
Uns alto-falante rouco
Que espalhe o alarido
Microfone com flanela
Ou vermelha ou amarela
Conforme a cor do partido.

Uma ganbiarra véa
Banguela no acender
Quatro faixa de bramante
Escrito qualquer dizer
Dois pistom e um taró
Pode até ficar melhor
Uma torcida pra torcer

Aí é subir pra riba
Meia dúzia de corruto
Quatro babão, cinco puta
Uns oito capanga bruto
E acunhar na promessa
E a pisadinha é essa:
Três promessa por minuto.

Anunciar a chegança
Do corruto ganhador
Pedir o "V" da vitória
Dos dedo dos eleitor
E mandar que os vira-lata
Do bojo da passeata
Traga o home no andor.

Protegendo o monossílabo
De dedada e beliscão
A cavalo na cacunda
Chega o dono da eleição
Faz boca de fechecler
E nesse qué-ré-qué-qué
Vez por outra um foguetão.

Com voz de vento encanado
Com os viva dos babão
É só dizer que é mentira
Sua fama de ladrão
Falar dos roubo dos home
Prometer o fim da fome
E tá ganha a eleição.

E terminada a campanha
Faturada a votação
Foda-se povo, pistom
Foda-se caminhão
Promessa, meta e programa...
É só mergulhar na Brahma
E curtir a posição.

Sendo um cabra despachudo
De politiquice quente
Batedorzão de carteira
Vigaristão competente
É só mandar pros otário
A foto num calendário
Bem família, bem decente:

Ele, um diabo sério, honrado
Ela, uma diaba influente
Bem vestido e bem posado
Até parecendo gente
Carregando a tiracolo
Sem pose, sem protocolo
Um diabozinho inocente".

...é o mesmo que voltar lá...

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

SEM MAIS PARA O MOMENTO, SUBSCREVEMO-NOS. ATENCIOSAMENTE...

Não posto desde oito de julho e confesso que ultimamente paciência para algumas coisas e ânimo para escrever são artigos de luxo. Parafraseando o talentoso Jessier Quirino, é tanta "coiseira" em minha vida que tá tudo "enveigado" e tá difícil de "desenveigar". Mas deixando os meus problemas de lado, tenho me divertido bastante andando na minha moto que eu apelidei carinhosamente de fofoca, aludindo à sua velocidade nas ruas. Eu confesso a você, caro (ou raro) leitor, que andar pela confusa e congestionada São Luís, tem lá seus prazeres motocicletais e por que não dizer, cebezais, já que a fofoca é uma CB300R.

Mesmo que esquivando de retrovisores, levando deliciosas e repentinas fechadas de desatentos sinesíforos profissionais ou não, ordenho algum prazer em fazer a fofoca ronronar seu ainda modesto motor de 300 centímetros cúbicos pelas avenidas maltrapilhas que se espalham em buracos, desníveis e quebra-molas fora do padrão em São Luís.

Tenho presenciado a intrepidez irresponsável e nervosa de alguns colegas de duas rodas que se esgueiram perigosamente entre os carros, sem se importar ou pensar se será possível parar ou desviar em caso de emergência. Fico um pouco perturbado com a pouca (quase nenhuma) importância ou talvez uma tola inocência, com que essas pessoas têm tratado sua segurança em pilotar. Será que sou só eu que fico pensando em quantas leis da física são desfiadas em ultrapassagens, frenagens, curvas, desatenção e velocidades incompatíveis com a via?

No que diz respeito a este motociclista, tenho sido agraciado com a misericórdia e com o amor de Deus que têm me mantido ileso e seguro durante esses poucos anos que tenho andado de moto. Confio de que o Senhor me manterá ileso até que eu não tenha mais vontade ou idade para pilotar. Nesse meio tempo, vou curtindo a brisa em baixas rotações e a ventania em altas. De viseira abaixada e olhos atentos, percorro o caminho para o trabalho, o caminho dos meus problemas, das minhas ajudas, da minha parentela e outros caminhos congestionados.

Para ir mais rápido na fofoca, torço a manopla. Para ir mais devagar com a minha vida, torço para tudo voltar ao século passado onde tudo era mais simples.

domingo, 8 de julho de 2012

PENSAMENTOS

Minha japonesa está cheirosa demais, não sei onde estão as muriçocas que mordem a minha perna, não tem clipe que me faça levantar e não tem maravilha ou neto para o jantar. Acabou o chá de framboesa, não tem cachorro sentado à mesa ou terraço pra lavar pela manhã. Não me perco mais de moto, o pão tá dormido e não tem farinha de soja nem cobaia para o omelete. Não tem cinema porque não tem café e não tem litorânea porque não tem graça mesmo.

domingo, 1 de julho de 2012

OBEDECENDO A VONTADE DEUS

É comum pensarmos que não gostamos que nos dirijam, queremos ser independentes, autônomos em nossos pensamentos e ações. Mas isso é um engano, não podemos ser autônomos porque não fomos feitos com essa finalidade e sim para obedecer, para servir. Ao comprar um pneu novo para a minha moto, fui abordado por um jovem que trajava apenas uma cueca rasgada e um pedaço de trapo no pescoço. Ele me balbuciou algo como se estava tudo bem e se ele poderia tirar o trapo do pescoço. Eu disse que sim e ele o fez. Naquele momento senti uma mistura de amor por aquela vida em desperdício e um temor pelo que fazemos à nossa vida ao ajustá-la perfeitamente à sociedade. Sentimos necessidade de nos ajustarmos às pessoas, ao que pensam e ao modo como vivem e às circunstâncias que nos apresentam. O rapaz que eu vi hoje pela rua, estava visivelmente transtornado, aprisionado àquela condição. (eu orei por sua libertação e creio que o Senhor me atendeu) Ele fedia muito e parecia drogado. O trapo que trazia ao pescoço ele colocou dentro da cueca na frente de todos. Depois eu o vi correndo no meio da avenida, como se fizesse jogging. Não me lembro durante quanto tempo fiquei com esse garoto em minha memória e ao que parece não tornarei a vê-lo. Mas esse incidente me fez refletir sobre quanta coisa jaz nesse mundo cheio de maldade e malícia que seduz a tantos e satisfaz de verdade a nenhum. Quantas coisas parecem assim, tão cheias de prazeres, mas na verdade são enganos. Não falo dos sentimentos sinceros e do amor, não, jamais acusaria o amor assim, lembre-se, sou romântico sempre. Mas falo dos prazeres que teimam em tomar o lugar de coisas nobres, que insistem em estar no mesmo paço das coisas realmente importantes, construtivas. Vi pessoas que alienam sua felicidade a lugares, a bens materiais, a coisas que dão prazeres de combustão rápida, de alegria momentânea. Espero manter o meu coração no firme olhar para a verdadeira fonte de felicidade que é Deus que alimenta o amor em meu coração e que me fará feliz em breve. Ele disse pra mim que o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. Nunca quis tanto acordar de um sono...

sábado, 7 de abril de 2012


ALGUMA DÚVIDA DE QUE É PELA FÉ QUE DEUS SE AGRADA DE NÓS? (HEBREUS 11)

Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.

Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.

Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.

Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.

Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.

Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.

Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.

Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.

Pela fé Isaque abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras.

Pela fé Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou encostado à ponta do seu bordão.

Pela fé José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos.

Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.

Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,

Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.

Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.

Pela fé passaram o Mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.

Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.

Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.

ACHO QUE NÃO!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

TEMPO

O tempo é atroz, sim, tira tanta coisa da gente... Tira cabelos, dentes, tesão e até a elasticidade da pele. As rugas, que dão tanto dinheiro para a cosmetologia, por conta de tanta gente querendo fingir que não envelhece. Mas até que o tempo traz coisas boas. A gente fica mais esperto com a vida, não cai mais nas velhas ciladas, não ri de qualquer coisa e chora por qualquer coisa (e acreditem, isso é bom). Traz também algumas certezas, como a pessoa com quem viveremos o resto da vida, afinal não dá mais tempo (olha ele aí) pra ficar eternamente procurando e nem mesmo, fechar os olhos quando a pessoa certa chega. Ficamos mais céticos com palavras de efeito, ficamos mais introspectivos e teimosos mas principalmente, ficamos mais medrosos ou cuidadosos ou precavidos, não sei. Penso que o tempo vem repleto mesmo é de um outro "eu" que insiste em se alojar na mente e a mudar a ordem das coisas como se a casa fosse dele, como se as antigas vontades e preferências de uma hora pra outra ficassem, como dizem os estilistas, démodé. O tempo leva amigos, pais, parentes, irmãos, primos, cunhados, conhecidos e ilustres desconhecidos, desses que a gente lê na lápide quando vai enterrar um dos primeiros. O tempo é, como diria meu amigo Francisco Mozar, um cearense arretado, um fidumaégua necessário.
O tempo leva a juventude da gente com a maior cara-de-pau e ainda deixa umas doencinhas de presente para não esquecermos que um dia vamos morrer e virar a lembrança das pessoas que nos conheceram e ainda estão vivas. Mas quando chega a hora do tempo levar a vida, é preciso que tenhamos aproveitado com sabedoria e parcimônia os deleites da vida para que esse fidumaégua nos leve realizados, felizes e fartos de dias.

sábado, 31 de março de 2012

LIBERDADE

Queime os cordões em volta da sua cabeça, que o amarram e o prendem a um estereótipo autocentrado. Ouça o novo cântico de salvação escrito para os que sabem que são pobres. Deixe o medo que tem do Pai e a antipatia que tem de si. Lembra da história de Dom Quixote? O Cavaleiro dos Espelhos mentiu para ele quando disse: "Veja-se como realmente é. Descubra que você não é um nobre cavaleiro, mas o espantalho ridículo de um homem".

O encantador mente para você quando diz: Não és um cavaleiro, não passas de um tolo fingido. Olha no espelho da realidade. Contempla as coisas como são. O que vês? Nada, além de um velho tolo". O pai das mentiras torce a verdade e distorce a realidade. É o autor do cinismo e do ceticismo, da desconfiança e do desespero, do pensamento doentio e do ódio contra si.

Jesus diz: Eu sou o Filho da compaixão. Você me pertence, e ninguém o tirará de minha mão.

Brennan Manning in  Abba's Child

O IMPOSTOR

Esse é o homem que eu mesmo quero ser, mas que não pode existir porque Deus não sabe nada a seu respeito. E ser desconhecido de Deus é excesso de privacidade. O "eu" falso e privado é o que quer existir fora do alcance e da vontade do Amor de Deus - fora da realidade e da vida. Esse "eu" não consegue ser mais que uma ilusão. Não somos bons em reconhecer ilusões, menos ainda as que nos são mais caras, como aquelas com as quais nascemos e que nutrem as raízes do pecado. Para a maioria das pessoas, não há realidade subjetiva maior do que o falso "eu", que não pode existir. A dedicação do culto dessa sombra é o que se chama de "vida de pecado".

James Finley in Merton's Palace of Nowhere.

quarta-feira, 21 de março de 2012

FEITO

Longos braços de carinho;
Doces beijos com olhar de sol;
Tiram defesas, abrem espaços;
Desarmam minha tola resiliência.

Promessas de dias bons;
Tépidas manhãs de amor;
Voz canora, suave, sonora;
Fala "meu bem", "minha vida". Desabo;

Tem pão fresco em sua boca;
Tem beijo na cesta trançada;
Manhãs de simples costumes;
Manhãs de puro amor.

Promessas e planos traçados;
Mudanças de vida e rotina;
O medo mistura sua tinta;
Com a rubra paixão inundada.

Mulher por dentro menina;
Teimoso amor incontido;
Quer viver a vida mais plena;
E morrer no fim;
Ainda amada por mim.

sábado, 17 de março de 2012

HOMENAGEM PÓSTUMA

Hoje fui ao enterro da Gentileza, tive muita dificuldade para chegar lá, muita gente no trânsito não se importou nem um pouco com a minha pressa, levei fechadas, cortadas, buzinadas e alguns palavrões quando pisei mais fundo para me safar do trânsito. Ao chegar ao local onde a Gentileza estava sendo velada, logo na porta, muitos dos parentes estavam com dificuldades para entrar, pessoas estranhas se acotovelavam diante do caixão, cheios de curiosidade e pouquíssima intimidade com a falecida. Ao entrar, vi muitas senhoras de pé, algumas delas grávidas, enquanto vários jovens estavam sentados, alguns com os pés em outras cadeiras.
Ao tentar me aproximar para prestar minhas homenagens, vi que o caixão estava vazio. A princípio não entendi, só me dei conta do que estava acontecendo quando percebi ao meu lado uma criança dando um pedaço de pão para um cachorro faminto. Então ela levantou do caixão cambaleante, toda machucada, ferida e mutilada para tentar mais uma vez.

CONFIANÇA

Recentemente, ouvi alguém falando que "fulano de tal me pediu para ser seu fiador" e a pessoa desdobrou um rosário de motivos que justificavam sua negativa quanto ao "favor" pedido. Percebendo a coincidência etimológica com a palavra que nomeia esta post, matutei automaticamente sobre a atual pandemia de desconfiança atual. Ninguém hoje consegue mais afirmar que confia no outro, que confia coisas simples como um número de telefone ou um nome. Essa crise há tempos já chegou aos casamentos, em aspectos que variam da mais profunda intimidade à mais rasa das confidências, como ter medo de rato morto, por exemplo.
Isso é tratado por todos como algo até normal, corriqueiro e natural. Só que eu não vejo nada de normal, corriqueiro e muito menos natural em algo tão grave...
Penso que algumas coisas na vida são muito valiosas, outras, nem tanto. Não confundir o valor das coisas evita que percamos o senso da moralidade, a sinceridade, o olho-no-olho que tanto se quer com as pessoas. Evita que nossas relações sejam superficiais, precisamos cultivar relacionamentos sinceros, onde a verdade não precise ser encoberta ou parcialmente revelada (não importa sua tendência filosófica, é a mesma coisa). Uma pessoa não deve sacrificar sua identidade ou a falta de empatia com outra só porque é conveniente ou socialmente apropriado ou pareça ser a escolha certa.
Enfim, o íntimo das pessoas está tão distante da sua face que não sabemos mais com quem nos relacionamos, só sabemos que são muitos estranhos, verdadeiros desconhecidos, arquétipos das nossas necessidades, produções hollywoodianas daquilo que esperamos que o outro seja no seu íntimo mais puro, sincero e cristalino ser.
Acho que vou pedir isso para algum conhecido meu, afinal faz tempo que eu não escuto a expressão "é rúim, hein?"

quinta-feira, 15 de março de 2012

DIA

Acordar, beijo, cafuné, beijo, café, pão quente, aspartame branco, banho, uniforme, roupa, beijo, banco, vale, trabalho, saudade, telefone, trabalho, saudade, telefone, almoço, saudade, trabalho, saudade, casa, beijo, conversa, beijo, janta, beijo, banho, beijo, televisão, beijo, cama,  beijo, beijo,  beijo,  beijo, beijo,  beijo ...

sábado, 18 de fevereiro de 2012

VERDADE

"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" João 8:32. Quando a palavra do Senhor trata da verdade, ela não fala simplesmente do falar a verdade, do revelar. Fala de uma atitude de verdade, de uma entrega das suas convicções e uma certa coerência atitudinal harmonizada que não ofusca a lógica ou a fluidez dos fatos. A carência da humanidade de viver tais verdades, cria uma verdadeira teia de fatos paralelos, uma grande massa de informações desconexas que levam as pessoas a se afastarem da vontade do Senhor e a endurecer seus corações e mentes para as coisas que verdadeiramente importam e tranquilizam nossa mente e nosso espírito, afastando toda a inquietude e aflição.
A libertação da nossa mente se dá quando nos damos conta da nossa verdadeira missão como cristãos tementes ao Senhor, observando Suas palavras como que impressas em nossos corações, não dialética cristã ou uma vida dissociada do Evangelho como se Deus fosse um departamento da sua vida e não a grande comissão a ser assumida perante tudo e todos.
Quando penso nos administradores do nosso país, do nosso estado, do nosso município, vejo o quanto ainda temos que orar por eles. Graças a Deus.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

DEDICAÇÃO

Sempre tive um respeito muito grande pelas mulheres batalhadoras, que são competentes profissionais e ainda são donas de casa, incansáveis, que consomem seu precioso fim de semana, servindo aos seus amores. Limpando, cosendo, cozendo, lavando, servindo, elas expressam um amor incondicional aos seus, entregando-se aos labores com uma abnegação de fazer inveja até a  Agnes Gonxha Bojaxhiu ou a Mohandas Karamchand.
Tenho convivido com uma dessas mulheres espantosas e confesso que por vezes me assusto com tanta energia  desprendida em servir e me pego pensando se estou à altura de tanto zelo, apesar da nossa natural predileção por cuidar, herdada do ramo Galvão da nossa família.
Sempre presencio seu momento de alegria quase velada (a não ser pelos lindos e expressivos olhos a denunciar-lhe) precedido de um trabalho duro e minucioso. E o melhor exemplo disso é quando essa super-mulher decide alimentar seus amores. Qualquer pessoa com jornada tripla, faria uma comida bem simples, bem fácil de fazer que não lhe tomasse tanto tempo. No entanto ela, o foco do amor de todos desta casa, prepara comidas, não com a simples expectativa de alimentar os seus, mas como que reafirmar a si mesma a sua incontestável e comprovada capacidade de cuidar.
E tudo isso sem perder sua delicadeza natural, sua simplicidade, seu romantismo e sincero amor por todos nós que também a amamos.
Ah! Um adjetivo para ela? Desculpe, não encontrei nenhuma à altura.