sábado, 28 de janeiro de 2012

SIMPLICIDADE

Eu assistia a uma comédia intitulada "O todo poderoso" onde Morgan Freeman no papel de Deus, disse ao Jim  Carrey - As pessoas mais felizes que eu conheço, voltam fedendo para casa no final de um dia de trabalho - Essa afirmação ficou gravada durante um tempo em minha memória principalmente por asseverar a importância das coisas simples em nossas vidas. Tenho experimentado prazeres em coisas tão simples, coisas que para qualquer outra pessoa seriam tão triviais...
É claro que a Claudinha a pessoa que tem catalisado todas essas coisas em minha vida, a pessoa que tem marcado em minha vida com doces expressões de carinho, dedicação e amor. Simplesmente olhar o tempo, falar do cotidiano, deitar numa rede só pra ficar se olhando, dormir "de conchinha" ou simplesmente dobrar roupas lavadas, ganham uma importância não por sua relevância social ou cultural, mas pelo simples enlevo da alma em compartilhar com quem amo momentos tão simples.
A grandeza do amor está em modelar nossas vidas à forma da graça de Deus. Nem todos os momentos serão assim, nem todas as horas serão felizes, nem todos os dias serão fáceis. Mas todos os olhares, intenções e compromisso serão eternos, conforme e vontade do Altíssimo.
Graças a Deus, tu tens em tuas as mãos as cores que colorem a minha vida com as cores mais vivas, com uma graça e um brilho inigualáveis. Mas com simples pinceladas, despretensiosamente perfeitas, amorosamente traçadas. Sem grandes pretensões de uma obra de arte, mas com toda a virtuose de quem está pronta para abraçar uma vida inteira compartilhando um amor sem precedentes em nossas vidas.
Sou grato a Deus por sua existência.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Comunicação

Será que as pessoas vão voltar a se comunicar com clareza? Detesto a miopia dos lingüistas (com trema mesmo) que insistem em dizer que a linguagem se moderniza com a estultícia midiática televisiva. Vejo riqueza na comunicação dos jovens, no classicismo dos idosos como meu amado pai Esclepíades que sempre falou um português impecável. Aliás, se existe uma pessoa que me influenciou poderosamente esse foi meu pai, um eterno inconformado com a insistente falta de jeito das pessoas com o vernáculo. Sempre me lembro de um programa matutino de rádio em que o locutor avisava os ouvintes sobre cargas, pessoas e recados indo e vindo de várias partes do estado. Tenho saudade do tempo de simplicidade onde a comunicação era um bom e ingênuo instrumento e não apenas um malabarismo onde espertalhões tentam nos fazer consumir e entender as coisas pelas quais eles ganham vultuosas quantias em dinheiro.

Aproveitando este blog, quero avisar a D. Miúda, filha do seu Riba da feira, que Dequinho de Jacobina tá chegando de bate-vento mais Deusa e D. Filó. Estão trazendo dois paneiros de farinha pra deixar na casa de Santinha. Vão chegar na primeira viagem de quinta-feira, daqui mais três dias.

Privilégio meu ter ouvido coisas assim tão ricas.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

FELIZ ANO NOVO

2012

Hoje é dia 02/01/2012.  Neste meu aniversário de 41,5095890410959 anos, perfeitamente calculados pelo meu Excel, ainda existem muitas coisas a serem vividas. Meu passado, cheio de senões e de porquês, dá lugar a um presente cheio de verdade, olho no olho, cara limpa e coração aberto. Ainda me pego preocupado com o que posso passar, com o que posso sofrer... Mas ora veja, a decisão de mudar não foi minha? Não foi meu o pontapé de uma relação mais honesta com meus sentimentos? Então tenho que ter a coragem de ousar. Tenho que ter sangue nas veias e coração firme.

Tenho seguido em frente, meio desastrado, confesso, mas aprendendo a andar só com Jesus. Conto com a misericórdia do Senhor e com a compreensão que a minha sabedoria em discernir a verdade da mentira vem de Deus e da sua infinita bondade. Nestes dois meses, tenho me sentido vivo, desperto, sem medo de viver, aproveitando cada contração que a alegria impõe aos músculos do meu rosto e me transfigura em um Roberto que eu não via no espelho há tempos...

Eu? Ligar para o que falam? Tenho razões que poderiam encher várias páginas de grossos livros e que explicam à exaustão o porque de estar diferente. Eu tenho um compromisso comigo. Eu tenho um compromisso com a minha felicidade. Nestes tempos de vida em obras, percebo que assim como em obras de construção civil, desvios são criados, novas rotas são abertas, temporária ou permanentemente. Os que estavam acostumados com as rotas velhas vão estranhar as vias, mas para os que passam pelas primeiras vezes, vão contemplar a paisagem, ver que vista é bonita e não ficarão chocados se a mão mudou, se a avenida por onde passavam carros em alta velocidade, preocupados apenas em trafegar, ou caminhões pesados, que arrasavam o pavimento feito com carinho, agora dão lugar a uma estradinha linda, bem arborizada, por onde trafega um certo carrinho vermelho. A estrada está em construção, o pavimento ainda é fino, mas as rodas desse simpático carrinho, mais acariciam que rodam. E este, não vai passar simplesmente, é rota diária, numa estradinha mais simples, sem grandes trevos ou sinalizações complicadas, mas com um charme que nunca teve, onde o sol está sempre nascendo, onde as árvores se curvam gentilmente para fazer sombra ao tal carrinho, que não corre, não faz ultrapassagens perigosas ou freadas bruscas porque instintivamente sem uma placa sequer, sabe que não é para rodar, mas sentir o perfume das flores que sempre brotaram à margem.