segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

FELIZ ANO NOVO

2012

Hoje é dia 02/01/2012.  Neste meu aniversário de 41,5095890410959 anos, perfeitamente calculados pelo meu Excel, ainda existem muitas coisas a serem vividas. Meu passado, cheio de senões e de porquês, dá lugar a um presente cheio de verdade, olho no olho, cara limpa e coração aberto. Ainda me pego preocupado com o que posso passar, com o que posso sofrer... Mas ora veja, a decisão de mudar não foi minha? Não foi meu o pontapé de uma relação mais honesta com meus sentimentos? Então tenho que ter a coragem de ousar. Tenho que ter sangue nas veias e coração firme.

Tenho seguido em frente, meio desastrado, confesso, mas aprendendo a andar só com Jesus. Conto com a misericórdia do Senhor e com a compreensão que a minha sabedoria em discernir a verdade da mentira vem de Deus e da sua infinita bondade. Nestes dois meses, tenho me sentido vivo, desperto, sem medo de viver, aproveitando cada contração que a alegria impõe aos músculos do meu rosto e me transfigura em um Roberto que eu não via no espelho há tempos...

Eu? Ligar para o que falam? Tenho razões que poderiam encher várias páginas de grossos livros e que explicam à exaustão o porque de estar diferente. Eu tenho um compromisso comigo. Eu tenho um compromisso com a minha felicidade. Nestes tempos de vida em obras, percebo que assim como em obras de construção civil, desvios são criados, novas rotas são abertas, temporária ou permanentemente. Os que estavam acostumados com as rotas velhas vão estranhar as vias, mas para os que passam pelas primeiras vezes, vão contemplar a paisagem, ver que vista é bonita e não ficarão chocados se a mão mudou, se a avenida por onde passavam carros em alta velocidade, preocupados apenas em trafegar, ou caminhões pesados, que arrasavam o pavimento feito com carinho, agora dão lugar a uma estradinha linda, bem arborizada, por onde trafega um certo carrinho vermelho. A estrada está em construção, o pavimento ainda é fino, mas as rodas desse simpático carrinho, mais acariciam que rodam. E este, não vai passar simplesmente, é rota diária, numa estradinha mais simples, sem grandes trevos ou sinalizações complicadas, mas com um charme que nunca teve, onde o sol está sempre nascendo, onde as árvores se curvam gentilmente para fazer sombra ao tal carrinho, que não corre, não faz ultrapassagens perigosas ou freadas bruscas porque instintivamente sem uma placa sequer, sabe que não é para rodar, mas sentir o perfume das flores que sempre brotaram à margem.

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