domingo, 5 de fevereiro de 2012

DEDICAÇÃO

Sempre tive um respeito muito grande pelas mulheres batalhadoras, que são competentes profissionais e ainda são donas de casa, incansáveis, que consomem seu precioso fim de semana, servindo aos seus amores. Limpando, cosendo, cozendo, lavando, servindo, elas expressam um amor incondicional aos seus, entregando-se aos labores com uma abnegação de fazer inveja até a  Agnes Gonxha Bojaxhiu ou a Mohandas Karamchand.
Tenho convivido com uma dessas mulheres espantosas e confesso que por vezes me assusto com tanta energia  desprendida em servir e me pego pensando se estou à altura de tanto zelo, apesar da nossa natural predileção por cuidar, herdada do ramo Galvão da nossa família.
Sempre presencio seu momento de alegria quase velada (a não ser pelos lindos e expressivos olhos a denunciar-lhe) precedido de um trabalho duro e minucioso. E o melhor exemplo disso é quando essa super-mulher decide alimentar seus amores. Qualquer pessoa com jornada tripla, faria uma comida bem simples, bem fácil de fazer que não lhe tomasse tanto tempo. No entanto ela, o foco do amor de todos desta casa, prepara comidas, não com a simples expectativa de alimentar os seus, mas como que reafirmar a si mesma a sua incontestável e comprovada capacidade de cuidar.
E tudo isso sem perder sua delicadeza natural, sua simplicidade, seu romantismo e sincero amor por todos nós que também a amamos.
Ah! Um adjetivo para ela? Desculpe, não encontrei nenhuma à altura.

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