terça-feira, 4 de setembro de 2012

VIDA APÓS A VIDA

Recentemente, fui ao velório da Sra. Joana Muniz, uma mulher que certamente cumpriu o seu papel na vida e foi levada por Deus com muitos anos de vida contados. Observei a preocupação dos visitantes em transmitir uma certa tranquilidade aos parentes enlutados, falando de "descansou", "está melhor que nós", "foi para junto de Deus" e outras palavras de conforto semelhantes.

O que observei de importante além de ser homônima da minha saudosa mãe, foi o quanto é honrosa a morte dos idosos. Quando uma vida é interrompida na juventude, muitas coisas ficam por fazer, metas por alcançar, filhos por gerar, amigos por abraçar e outras tantas coisas que as circunstâncias impedem que sejam realizadas.

Mas quando morre um idoso, com tantos anos contados, filhos criados, uma vida inteira vivida, com todas as dificuldades, alegrias, desafios, tristezas, sortes, amores, paixões, temores e tantos outros sentimentos experimentados durante toda uma vida, percebo mais um momento de redenção do que tristeza. Um quê de "missão cumprida" que ressalta mais a vida do que a morte.

Então este post é minha homenagem a segunda Joana que vejo partir deste mundo com muitas coisas realizadas. E para não deixar de falar o que eu penso sobre a morte, leia novamente o título do post. Afinal, depois de 90 anos de vida, o que vem pela frente é muito mais vida. Se tem alguém que não passou pela morte, foram essas Joanas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente com liberdade e bom siso